quinta-feira, 30 de junho de 2011

Menos copos, mais água


      Um pequeno disparate ambiental era cometido todos os dias na Universidade Federal do Rio Grande (Furg), sob o olhar da comunidade acadêmica.
      Ao final das refeições, funcionários do restaurante universitário descartavam 2,5 mil copos plásticos utilizados por professores, estudantes e técnicos. Em uma semana, consumia-se, e jogava-se fora, 12,5 mil copinhos. O ataque ao bom senso encerrou-se em maio passado, quando a direção da universidade decidiu substituí-los por canecas de alumínio.
      Chefe da Divisão de Alimentação, Alojamento e Transporte da Furg, João Carlos Ferreira conta que a pequena montanha diária de copos no lixo causava desconforto:
      - Achamos que seria melhor usar copos de alumínio, que não quebram.
      O próximo passo, adianta Ferreira, será abolir os invólucros plásticos que protegem os talheres.
      - É uma exigência da vigilância sanitária, mas estamos discutindo e buscando alternativas - avisa.
      Sem a necessidade de comprar os descartáveis, o dinheiro economizado - cerca de R$ 2,2 mil por mês - permitiu a contratação de mais um empregado.
      - Temos uma nova funcionária para auxiliar na limpeza. É bem bacana - diz Alessandro Vernier, gerente geral da Kativar Refeições, que fornece a alimentação para a Furg.
      A substituição não eliminou por completo os danos ambientais. E nem poderia. Se copos feitos à base de petróleo deixaram de ser consumidos, os novos copos necessitam de limpeza. Resultado óbvio: aumentou o consumo de água e detergente.
      - Usamos 30 litros a mais de água por dia e meio litro de detergente. Não chega a ser algo muito expressivo - pondera Vernier.
      Para Carlos Eduardo Nunes da Costa, estudante de Geografia e coordenador-geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE), a decisão da Furg repercute em todo campus:
      - Provocou uma maior conscientização na universidade. Era uma reivindicação antiga do DCE.
COMENTÁRIO>> A direção da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) percebeu que estavam usando e descartando muitos copos de plástico. E isso acaba prejudicando muito o meio ambiente, porque em uma semana, consumia-se, e jogava-se fora, 12,5 mil copos. Então, trocaram os copinhos por canecas de alumínio no restaurante da universidade. Esse ato de resolver um problema que afeta todos nós com uma atitude simples, mas eficaz, todos nós devíamos ter.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Energia eólica não é prioridade no Brasil


      As turbinas movidas pela força dos ventos são uma fonte limpa e renovável de energia, porém não constam como prioridade nos planos oficiais de geração energética, revela pesquisa do Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP. A capacidade atual instalada é de 1 Gigawatt (GW), o que representa apenas 0,88% do total da energia disponível no Brasil.
      O trabalho da pesquisadora Juliana Chade mostra que os planos existentes podem aumentar essa capacidade para 6 GW até 2019, muito abaixo do potencial eólico do país, estimado em 143 GW.
      O plano decenal da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão do governo federal, insere a energia eólica como alternativa ao atendimento da carga.
      - Ele prevê uma capacidade instalada de aproximadamente 6 GW em 2019. Entretanto, o plano energético oficial, com horizonte até 2030, elaborado pela EPE, dá ênfase à geração térmica, ao gás natural, carvão e nuclear, como alternativa de complementação à geração hídrica - afirmou a pesquisadora.

      De acordo com Juliana, o custo do investimento pode ser a maior dificuldade para a inserção da energia eólica no Brasil:
      - Mas os custos tendem a ser reduzidos com o aprendizado da tecnologia e os incentivos governamentais. Outra dificuldade seria a falta de histórico de medição de ventos, pois dados de medição de longo prazo conduzem a projetos mais eficientes e com menos risco de incerteza na previsão de geração.
      A pesquisadora lembra que o Brasil conta com um histórico pequeno de tecnologia eólica e necessita treinar pessoas para manutenção e operação das usinas:
      - É preciso uma estratégia de inserção de fontes eólicas por meio de pacotes de fornecimento com a progressiva nacionalização da cadeia produtiva. Além disso, deve haver mecanismos de mobilidade de ciência e tecnologia para desenvolvimento da infraestrutura e logística, com programas de incentivos tecnológicos, recursos humanos, pesquisa, materiais e componentes, a fim de se obter ganho de escala na indústria.
      Alto potencial no Sul e no Nordeste
      Segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, publicado pelo Centro Brasileiro de Referência para as Energias Solar e Eólica (CRESESB) da Eletrobrás, o Brasil tem um potencial eólico de 143 GW, valor analisado em 2001, quando haviam menores torres e ventos a 50 metros de altura.
      - Hoje há torres mais altas, o que aumentaria o potencial estudado. A Região Nordeste tem aproximadamente metade do potencial do Brasil. Outra região que se destaca é o litoral e o interior do Rio Grande do Sul, que apresentam as maiores velocidades de ventos para a geração de energia - afirma a pesquisadora.
      A energia eólica é uma fonte alternativa de energia renovável, diferentemente das fontes térmicas de combustíveis fósseis, que, além dos custos com combustível, geram gases de efeito estufa.
      - A eólica apresenta características de geração distribuída, o que reduz perdas na transmissão e a necessidade de investimentos de ampliação da rede - observa Juliana.
      A pesquisadora acrescenta que existem fábricas de pás e turbinas eólicas no Brasil, apesar de alguns materiais serem importados para a construção dos parques.
      - Nos últimos leilões de energia que contaram com fontes eólicas, em 2009 e 2010, houve uma maior participação da tecnologia e também uma redução em seus preços - completa.
COMENTÁRIO>> Com essa notícia descobri que o Brasil usa menos de 1% de seu potencial eólico. Esse dado não é aceitável pois o país ao invés de investir numa energia limpa, aprova o projeto de construir usinas nucleares, prejudicando o meio ambiente e a população. O parque eólico de Osório, é um exemplo de sucesso, copiado por outros estados e até países. Comprovando que é um bom investimento, eficaz e sem agreção.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Alimento armazenado corretamente tem maior índice de aproveitamento


      Nem tudo que vai para o lixo deveria ir. Muitas vezes, as partes descartadas de frutas, verduras e legumes são ricas em propriedades nutricionais.
      Isso vale não só para os in natura, mas para os industrializados. Sempre se pode evitar o desperdício de comida, como explica a nutricionista Dafna Kann, especialista em qualidade dos alimentos. Ela cita como exemplo as cascas de frutas, que costumam ser fonte de fibras, vitaminas e minerais.
      — Entre elas, podemos aproveitar as da banana, as do mamão e as entrecascas da melancia e do melão — recomenda.
      Outra notória reserva de vitaminas são os talos de vegetais, como a cenoura, o salsão, a salsinha e a beterraba. Já algumas sementes contribuem para a ingestão de fibras.
      — As da abóbora, quando torradas e salgadas, tornam-se um delicioso tira-gosto, e as do mamão, quando torradas, podem ser consumidas com granola, aveia e cereais matinais — ensina a nutricionista.
      — A folha da beterraba, por sua vez, pode ser preparada da mesma forma que a couve refogada. Os caules dos vegetais folhosos picados podem entrar em receitas de sopas, tortas de legumes e sucos. Ainda há a possibilidade de transformar as folhas e as cascas de ovos em farinhas — explica a também nutricionista Raquel Adjafre.
      Para fazer durar mais
      Para além do prato do brasileiro, o desperdício pode ocorrer no processo de conservação dos alimentos. Nesse sentido, congelador e freezer são os melhores amigos da dona de casa consciente.
      — Podemos congelar todos os mantimentos, tanto antes de serem preparados, como depois de prontos — acrescenta Raquel.
      Assim, prolonga-se a validade deles.
      Na verdade, os cuidados devem começar tão logo os alimentos cheguem em casa. No momento de guardar, é preciso priorizar os produtos que necessitam de refrigeração, em seguida, os congelados e hortifrútis e, por último, os não perecíveis.
      — Outro cuidado que devemos ter é colocar os com prazo de validade perto do vencimento na frente dos alimentos mais novos, o que evitará que eles estraguem — reforça Dafna.
      Todos os in natura devem ser armazenados na parte inferior da geladeira, de preferência dentro das gavetas. Além disso, devem ser guardados dentro de sacos de plástico limpos.
      — É recomendado lavá-los e higienizá-los apenas quando for consumir. Se lavados antes de guardar na geladeira, a durabilidade será menor — diz a especialista.
      Para produtos que necessitem de refrigeração, deve-se observar as temperaturas ideais de armazenamento indicadas na embalagem.
      O melhor jeito de guardar
      Quando se trata de armazenamento, o plástico é o material mais usado, devido à sua praticidade.
      — Os potes de plástico têm, normalmente, um bom vedamento, são leves e difíceis de quebrar. O ponto negativo é que alguns tipos acabam acumulando o odor e o sabor dos alimentos armazenados — esclarece a nutricionista Dafna Kann.
      O vidro tem a vantagem de ser um produto ecologicamente mais correto, uma vez que é quase 100% reciclável.
      — Além de manter melhor as características sensoriais dos alimentos armazenados, não acumula resíduos após ser lavado. As desvantagens do material são o peso e a facilidade de quebrar — completa Dafna.
      Para esse intuito, caixas de papelão estão descartadas: ficam úmidas na geladeira e atraem pragas no seco. Vale lembrar que a umidade, o calor e a incidência de luz são capazes de alterar as características tanto dos alimentos quanto das embalagens.
      — Independentemente do local e da temperatura, é importante manter todos os alimentos fechados e cobertos, deixando um espaço para circulação de ar entre eles, ou seja, nunca podemos deixar os alimentos amontoados — resume a nutricionista.
COMENTÁRIO>> Muitas pessoas não cuidam dos alimentos quando chegam em casa com suas compras. Cuidados básicos com os eles são necessários, como ensacar alguns produtos, colocar na geladeira, não deixar exposto ao Sol... Esses cuidados são necessários para que o alimento não perca suas vitaminas.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O plástico ocupa 25% da sua lixeira


      Quando vai a festas de aniversário de amigos ou colegas e depara com montanhas de copos, pratinhos, papéis de docinhos, garrafas PET e itens de decoração descartados no lixo, Sofia Grivot Volkmann, oito anos, fica impressionada. A enorme quantidade de plástico, muitas vezes descartada de forma errada, não faz parte da rotina da menina.
      E, de fato, é necessário aumentar a conscientização para o encaminhamento correto do resíduo - estima-se que o tempo para sua decomposição varie entre cem e 400 anos.
      Em 2009, pouco mais de 21% dos plásticos rígidos produzidos no Brasil foram reciclados - 556 mil toneladas. Já entre as embalagens PET, o índice chega a 55,6%, ou 262 mil toneladas, conforme dados do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre). O país é o segundo colocado em reciclagem de PET no mundo, atrás apenas do Japão. E isso retorna ao consumidor transformado em cabides, vassouras, sacos de lixo, calçados, camisetas e até em paradas de ônibus. A nova forma de aproveitar as sacolinhas, a madeira de plástico, pode ser utilizada também para construir abrigos, floreiras e lixeiras.
      E há ainda muito desse material para ser reciclado por aí. Segundo informações do Departamento Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre (DMLU), em torno de 25% do lixo seco descartado na cidade é composto de plásticos. Do total de um quilo de lixo produzido por pessoa ao dia, cem gramas são constituídas de plástico. Isso dá um total de cerca de três quilos ao mês.
      É preciso tratar o ambiente externo como o próprio corpo
      Para a mãe de Sofia, a terapeuta Ana Grivot, 39 anos, as pessoas precisam mudar a forma como interagem com os resíduos que produzem. Morando em um condomínio horizontal vizinho à mata nativa, ela encara o consumo de materiais descartáveis de forma ampla. A terapeuta acredita que separar o lixo tem tudo a ver com uma convivência em harmonia com o que está em volta:
      - A questão de separar o lixo é de consciência, engloba a vida toda. Quando pensas em lixo, estás pensando além dele. Estás pensando na forma como se age na vida.
      Assim como os demais integrantes das famílias retratadas nesta reportagem, Ana considera que o principal desafio atual é a conscientização efetiva das pessoas em relação à necessidade de mudança nos processos de consumo. É preciso ir além do discurso.
      Trabalhando diariamente com produtos vindos da natureza, como florais e elixires, ela e Sofia consideram fundamental os processos de reciclagem.
      - É preciso tratar o ambiente externo da mesma forma que se trata o próprio corpo. O lixo exige discernimento. É preciso colocar na mente que, se isso é um plástico, ele deve ter o destino correto - avalia Ana.
COMENTÁRIO>> Com essa notícia percebi que produzimos muito lixo e que 25% dele, são plásticos. E o Brasil está realmente preocupado com esse fato e por isso, ele ocupa o segundo lugar numa pesquisa mundial na reciclagem de resíduos, ficando atrás apenas do Japão. Espero que com isso as pessoas do mundo inteiro se preocupem em reciclar e proteger o planeta da poluição.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Governo federal decide reavaliar projeto de construção de usinas nucleares no Brasil

      O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta quarta, dia 1º, que a decisão de construir mais quatro usinas nucleares no Brasil está sendo reavaliada pelo governo.
      — Essa previsão está sendo reavaliada pelo Ministério de Minas e Energia e Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Com o episódio no Japão (em março, quando terremoto e tsunami provocaram um dos mais graves acidentes nucleares da história), tomei a iniciativa de determinar uma reavaliação da segurança. Não estamos submetendo aquilo que já existe, as duas em funcionamento e a terceira em construção (todas em Angra dos Reis) — disse.
      
A exemplo do que fez na época do acidente nuclear em Fukushima, no Japão, o ministro afirmou que as usinas em funcionamento hoje no Brasil (Angras 1 e 2) estão entre as mais seguras do planeta.
      
— As nossas estão entre as melhores e mais seguras e produtivas do mundo. As quatro que estão planejadas poderão ser construídas ou reavaliadas — afirmou.

http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/nossomundo/19,997,3333315,Governo-federal-decide-reavaliar-projeto-de-construcao-de-usinas-nucleares-no-Brasil.html

COMENTÁRIO>> No Brasil, a construção de uma usina nuclear é uma proposta para os próximos anos. Mas com o acidente na usina nuclear em Fukushima, no Japão, fez o ministro rever a sua decisão. Eu acho isso muito ruim para o país, construir uma usina nuclear no Brasil, qualquer falha nessa usina pode gerar grandes problemas prejudiciais a saúde dos brasileiros.