quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Habilidade de construir ninhos em aves é aprendida, e não inata

      Um estudo britânico concluiu que a arte de construir ninhos não é inata e, sim, aprendida pelo pássaro ao longo da vida.
      Pesquisadores das universidades de Edimburgo, Glasgow e St. Andrews, na Escócia, analisaram vídeos de pássaros da espécie Ploceus velatus (o tecelão-mascarado-do-sul) enquanto construíam ninhos em Botsuana, na África.
      A espécie foi escolhida para o estudo porque as aves constroem vários ninhos complexos durante uma mesma temporada.
      O especialista Patrick Walsh, da Universidade de Edimburgo, disse que a descoberta indica que a experiência cumpre "um papel claro" no processo. "Até para pássaros, a prática leva à perfeição", declarou.
      As observações dos especialistas revelaram, por exemplo, que cada pássaro varia sua técnica de um ninho para outro e que há casos de aves que constroem ninhos da esquerda para a direita e também no sentido inverso.
      O estudo foi publicado na revista científica "Behavioural Processes".
EXPERIÊNCIA
      Outra revelação é que, conforme ganham mais experiência, as aves derrubam o material que usam em suas construções, como pedaços de grama, com menos frequência.
      "Se pássaros construíssem seus ninho de acordo com um molde genético, você esperaria que todos os pássaros fizessem seus ninhos sempre da mesma forma, mas isso não acontece", disse Walsh.
      "Os tecelões-mascarados-do-sul demonstraram fortes variações em sua abordagem, revelando que há um papel claro da experiência [na construção dos ninhos]."

http://www1.folha.uol.com.br/bbc/981484-habilidade-de-construir-ninhos-em-aves-e-aprendida-e-nao-inata.shtml

COMENTÁRIO>> Acredito que todos os animais sejam iguais no quesito sobrevivência. Todos eles acham meios para resolver seus problemas, como por exemplo, as aves construir seus próprios ninhos. Acho que a vida que ensina o pássaro na construção de seu ninho, e isso não é inato. Por isso, concordo com a pesquisa e afirmação dos cientistas britânicos.

Substância encontrada em tubarão detém vírus da hepatite B

      Vem da biodiversidade marinha uma nova e potente arma contra os vírus de doenças como a febre amarela e a hepatite.
      Trata-se de uma molécula que impede que os vilões microscópicos consigam grudar nas células que atacam, dificultando infecções.
      O resultado não seria uma vacina contra os vírus, mas um medicamento potente, capaz de enfrentar os primeiros ataques virais contra o organismo e rebatê-los, reduzindo muito a chance de problemas de saúde para o doente.

Arte

      A substância protetora é a squalamina, assim batizada por causa do pequeno tubarão Squalus acanthias, que mede 1 m de comprimento. Ela também é encontrada no sistema de defesa do organismo de uma lampreia (estranho peixe cuja boca parece uma ventosa).
      Contra uma série de vírus, entre os quais o da febre amarela e o da hepatite B, injeções de squalamina chegaram até a zerar a contagem viral (ou seja, o número de vírus no organismo) dos animais estudados pela equipe.
      Os testes foram feitos com hamsters e camundongos, e também com células cultivadas no tubo de ensaio.
      Embora a pesquisa seja preliminar, os especialistas afirmam que há boas chances de a molécula começar a ser testada em breve em seres humanos para enfrentar vírus. Ocorre que ela já alcançou o nível de testes em pessoas para outros fins, como combater tumores.
      Por isso, os níveis da substância considerados seguros para seres humanos já são bem conhecidos, entre outros detalhes importantes. Além disso, a indústria já sabe como produzir a substância em grande escala --não será preciso capturar tubarões e lampreias para obtê-la.
ESCUDO
      A chave para o sucesso da squalamina está na curiosa interação que ela tem com a membrana que circunda as células. Essa membrana é o portal para o interior da célula e, por ela, entram tanto nutrientes como vilões, como vírus e outros invasores.
      A molécula dos tubarões consegue mexer com o equilíbrio elétrico da membrana quando a atravessa. E faz isso sem causar danos aparentes às células que adentra.
      Ao fazer isso, ela dificulta a vida dos vírus, porque eles não conseguem "aprender" a se ligar à membrana alterada. Assim, eles têm dificuldade para entrar na célula ou, se já estão dentro dela, não conseguem sair para invadir outras células do organismo.
      Um dado importante é que essa atividade protetora da substância parece valer para vários tipos de vírus.

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/978489-substancia-encontrada-em-tubarao-detem-virus-da-hepatite-b.shtml

COMENTÁRIO>> Cientistas descobriram uma substância protetora chamada Squalamina, que é uma molécula que impede os vírus de doenças como a febre amarela e a hepatite B. Essa substância encontrada no pequeno tubarão Squalus acanthias, chega até zerar com a quantidade de vírus no organismo. Isso é ótimo para a medicina. Atualmente a ciência está se destacando e descobrindo muitas maneiras de cura para diversas doenças.

Fogo já destruiu 25% da Floresta Nacional de Brasília

      O incêndio que atinge a Floresta Nacional de Brasília já destruiu 3,6 mil hectares, cerca de 25% da área da unidade de conservação, de acordo com o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Rômulo Mello. O incêndio, que está controlado, foi criminoso, segundo o instituto.
"Nosso pessoal em campo identificou pessoas colocando fogo na vegetação, chegaram a persegui-los, mas eles conseguiram fugir. Já comunicamos à Polícia Federal para que faça a investigação", disse Mello.
      Além da Floresta Nacional de Brasília, que apresenta a situação mais grave, dez unidades de conservação (UCs) federais registram incêndios, entre elas o Parque Nacional de Itatiaia, no Rio de Janeiro, a Reserva Biológica da Mata Escura, em Minas Gerais, e a Reserva Extrativista Lago do Cedro, em Goiás, onde as queimadas são consideradas de nível intermediário de gravidade.
      Até agora, 322 mil hectares de unidades de conservação federais foram queimados em 2011. A área é quatro vezes menor do que a atingida pelo fogo em 2010, quando 1,67 milhão de hectares foram destruídos pelas queimadas.
      "Comparativamente ao ano passado, os dados são muito melhores nas unidades de conservação. Embora nenhuma queimada seja desejada, a área é muito menor. Brasília tem a situação mais crítica. O Distrito Federal está exposto a uma seca extremamente intensa, e as UCs ficam expostas a incêndios de grandes magnitudes", avaliou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/974498-fogo-ja-destruiu-25-da-floresta-nacional-de-brasilia.shtml

COMENTÁRIO>> Brasília está sofrendo muito com as queimadas ultimamente. Mais de três milhões de hectares já foram destruídos por elas. Isso tudo ocorre, peloassunto mais comentado: o Aquecimento Global. Temos que tomar alguma atitude quanto a isso, e ajudar o meio ambiente em que vivemos. E, assim, não deixarmos que mais três milhões de hectares sejam queimados.

Pela 1ª vez, estudo acha plástico em mar do polo Norte

      A grua do navio levanta e despeja no convés uma rede em formato de cone. A oceanógrafa inglesa Clare Miller, porém, sabe o que procura ali --e não são peixes. Ela logo esvazia a ponta da rede dentro de um balde, revelando algas, plâncton e... plástico.
      Em apenas uma hora dentro d'água, a rede de Miller coletou pedaços minúsculos de plástico e nylon numa das regiões mais remotas do oceano: o mar de Barents, a noroeste do arquipélago de Svalbard, Noruega, a menos de 1.300 km do polo Norte.
      A coleta, feita a bordo do navio Arctic Sunrise, do Greenpeace, comprova pela primeira vez algo de que já se desconfiava: o Ártico também está contaminado por lixo.
      A descoberta é preliminar: foram apenas quatro amostras coletadas, que ainda serão analisadas num laboratório em Exeter, Reino Unido.
      Mas a mera existência de plástico nas águas supostamente límpidas do Ártico é motivo de preocupação.
"Ninguém sabia o que encontraríamos. O local onde lançamos a rede é uma região selvagem, sem nenhum assentamento humano por perto", disse Miller, mestranda em oceanografia na Universidade de Southampton.
      O lixo é difícil de ver a olho nu. Ele é composto, em sua maior parte, de pedacinhos de plástico bastante degradados pelo Sol, que ficam em suspensão na água.
      Os restos são tão pequenos que precisam ser capturados com uma rede especial, feita para coletar plâncton (animais e algas microscópicas).
      Segundo Miller, o tamanho dos pedaços de lixo e a ausência de outros indicadores de poluição, como bolas de piche, sugerem que o plástico é "importado", chegando ao mar de Barents trazido por correntes marinhas como a do Golfo, que sai do Atlântico tropical e banha a Europa.
      "Não me surpreenderia se encontrássemos no Ártico condições tão ruins quanto em outras partes, por causa das correntes", afirma Frida Bergtsson, do Greenpeace.
LIXO GENERALIZADO
      O lixo marinho invisível é um problema global. A ONG mantém uma base de dados de plástico coletado por seus navios em dez outras regiões do planeta. Todas revelam alguma contaminação.
      De longe a pior situação é a do norte do Pacífico, que abriga a famosa "grande mancha de lixo".
      É uma zona que pode chegar a 15 milhões de km2 (quase o dobro do território do Brasil) na qual a água concentra uma grande quantidade de plástico trazido da Ásia e da América do Norte, mantida ali por correntes em giro.
      No mar, o lixo é engolido por animais marinhos e entra na cadeia alimentar --quando não os mata.
RESTO DE REDES
      A presença de restos de redes de pesca de nylon nas amostras coletadas por Miller também é típica da contaminação por plástico.
      Segundo Bengtsson, o problema é tão disseminado que o governo norueguês freta periodicamente barcos de pesca para buscar equipamento descartado no mar.
      Em 2008, um mapeamento publicado na revista "Science" por cientistas americanos mostrou que 100% dos oceanos sofrem algum tipo de impacto humano. Uma das zonas mais degradadas é justamente o mar do Norte, vizinho de baixo do Ártico.

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/971001-pela-1-vez-estudo-acha-plastico-em-mar-do-polo-norte.shtml

COMENTÁRIO>> Com a poluição nos rios aumentando, já era de se esperar que isso acontecesee. Não entendo como algumas pessoas não conseguem simplesmente colocar o lixo no lixo, mas colocam o lixo no habitat de outros animais que não tem nada a ver com esse lixo jogado. O oceano, rios e lagos são essenciais para a nossa vida e devemos obrigatoriamente cuidar deles.